O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Paraíba (CREA-PB) assume no estado a dianteira da campanha #EuSouPetrobras, em defesa da empresa estatal e contra a alteração do atual regime de partilha nos leilões de campos de petróleo, proposta pelo Projeto de Lei do Senado (PLS) 131/2015. O movimento foi lançado nesta terça-feira (11) pela Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge). Para a presidente do CREA-PB, Giucélia Figueiredo, apesar da conjuntura atual, é preciso unir forças. ” O Brasil e a própria Petrobras passam por um momento atribulado, mas não devemos esquecer a força do nosso país e desta empresa, que é um patrimônio nacional”, comenta.
Giucélia afirma que a adesão do CREA-PB à campanha também representa o posicionamento contra o Projeto de Lei que propõe a redução da participação da Petrobras nos consórcios para exploração na camada do pré-sal. De autoria do senador José Serra (PSDB-SP), o PLS 131/2015 pretende alterar a lei da partilha desse setor, inclusive na obrigatoriedade de que a empresa seja responsável pela “condução e execução, direta ou indireta, de todas as atividades de exploração, avaliação, desenvolvimento, produção e desativação das instalações de exploração e produção”.
De acordo com o presidente da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge) e engenheiro civil, Clovis Nascimento, a campanha tem a finalidade de alertar sobre as tentativas de destruição do patrimônio brasileiro.Para ele, o Projeto de Lei tem caráter entreguista: “Tem o objetivo claro de facilitar a abertura indiscriminada de nosso mercado aos produtos e serviços estrangeiros e destruir o acúmulo de conhecimento e tecnologia brasileiros. A engenharia nacional tem demonstrado capacidade e técnica suficientes para contribuir em uma s érie de questões no nosso país, além da autossuficiência de petróleo, obras de infraestrutura, saneamento, telecomunicações e agronomia. Jamais aceitaremos uma relação de subserviência no setor tecnológico”, alertou Clovis.
Se aprovado, o projeto será encaminhado à Câmara dos Deputados, onde passará pelas comissões da Casa. Após analisado, retorna ao Senado, de onde é encaminhado para a sanção presidencial. A presidenta Dilma Rousseff (PT) já se opôs publicamente a proposta.