Publicada semestralmente, a revista do CREA-PB aborda desta vez um tema de relevância nacional: A educação a distância na Engenharia. Por isso, nesta edição inauguramos a séria “Mesa de Debates”, que dá voz a opinião distintas sobre temas de relevância para a engenharia e a sociedade brasileira.
Quem fala sobre o assunto é o professor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e Conselheiro Federal, Geraldo Baracuhy; o professor de engenharia civil do Centro Universitário de João Pessoa (Unipê), Wilson Cartaxo; e Rosana Mergulhão, coordenadora do curso de engenharia civil da Faculdade Internacional da Paraíba (FPB).
A Educação a Distância
O ensino a distância parece ser invenção da era tecnológica global, no entanto, esse modelo de ensino já é uma realidade no mundo desde o século XIX, quando os jornais traziam anúncios de cursos por correspondência.
No século XX, em 1958, a University of London, que tem em seu currículo cinco prêmios Nobel de alunos ilustres (como Mahatma Ghandi e Nelson Mandela), passou a ofertar cursos na modalidade EAD.
Hoje, o Brasil tem 7 milhões e 200 mil alunos de ensino superior. Desses, 15,8% fazem cursos a distância, os quais já abrangem 3.662 municípios brasileiros. Ao todo, existem 26 cursos de engenharia, onde estão sendo ofertadas cerca de 2 mil vagas. Os principais cursos são de Engenharia Ambiental, Engenharia de Materiais e Engenharia Civil, ministrados, em sua maioria, pelas universidades privadas.
Na plenária do mês de novembro, a diretoria e os conselheiros do Crea-PB receberam professores de faculdades do estado para o debate em todo da Educação a Distância, que tem se acirrado no âmbito do sistema Confea/Crea. Estiveram presentes professores da UFCG, Maurício de Nassau, Unipê e FPB.
As discussões sobre o tema evidenciam que, embora ainda existam resistências sobre a EAD na Engenharia, com questionamentos sobre a legislação, laboratórios e definição em nível de atribuição dentro do Sistema, o processo é uma realidade irreversível.