Os nomes do eng. civ. Antônio Aragão (Crea-PB) e eng. agr. Wolney Parente Júnior (Crea-RR) foram definidos para os cargos de titular e adjunto, respectivamente, nesta quarta-feira (20), dia de abertura do 8º Encontro de Líderes do Sistema Confea/Crea.
Os engenheiros assumem o mandato 2019 do colegiado que tem, entre outras competências, buscar a unidade de ação no que se refere a funcionamento do Sistema e posicionamento diante de temas relacionados às profissões fiscalizadas.
Nessa linha de integração, o recém-eleito Antônio Aragão sinalizou que o trabalho será realizado de modo a “manter o equilíbrio do tripé Confea, Creas e Mútua” e o diálogo será o caminho para alcançar esse resultado. “Faremos interlocução com todos os entes que fazem o Sistema andar e também iremos interagir mais e trocar mais experiências entre os Creas para, assim, fortalecermos o Colégio de Presidentes”, garantiu Aragão que teve a fala complementada pelo adjunto.
“Agradeço a confiança depositada e estamos à disposição de todos vocês”, acrescentou Wolney Júnior, depois de assumir o compromisso de que irá “dedicar o seu melhor e trabalhar com planejamento”.
Os presidentes do Crea-AL, eng. civ. Fernando Dacal, e do Crea-AC, eng. agr. Carminda Pinheiro, também concorreram à coordenação.
Novos coordenadores à frente da primeira reunião de 2019 |
ÁLBUM DE FOTOS DO 8º ENCONTRO DE LÍDERES REPRESENTANTES
Passagem de cargo
Na transmissão de cargo, o então coordenador do CP e presidente do Crea-GO, eng. agr. Francisco Almeida, fez questão de ressaltar que encerrava o mandato de 2018 entregando relatório com todo o andamento da tramitação das 66 propostas do CP, a fim de subsidiar os trabalhos do novo titular.
“As propostas estão andando e fluindo para colhermos os frutos. Já discuti com o presidente Joel Krüger sobre as propostas que precisam ser reapresentadas ou demandam orçamento. Esse assunto está no radar do Confea, a fim de que sigam o rito de modo eficaz e sejam aprovadas porque os profissionais e a sociedade têm cobrado nossa atuação”, comentou Francisco Almeida.
Transmissão de cargo |
Recomendações às futuras lideranças do colegiado foram feitas pelo ex-adjunto. “Para ser coordenador do CP é necessário marcar presença constante nas sessões plenárias do Confea. É uma atuação que depende também da conjuntura política e administrativa”, disse o eng. agr. Arício Resende (Crea-SE).
Ações do Confea
Aproveitando a presença dos representantes regionais, o presidente Joel Krüger fez um breve balanço deste primeiro ano à frente do Confea. Destaque para o manifesto junto ao Ministério da Economia contra o uso do pregão na contratação de serviços, como projetos de Engenharia.
“Tivemos uma ação junto à vice-presidência da República e recebemos do general Mourão a sinalização a favor da modalidade técnica e preço. Também estivemos duas vezes no TCU, considerando que existe uma súmula do tribunal que trata desse tema. Recentemente, entrou em fase de consulta pública proposta de resolução do Confea que irá definir como especializados os serviços de Engenharia e, por isso, não poderão ser contratados por pregão. Tudo isso para tentar banir essa forma de contratação”, argumentou Krüger. Participe da consulta pública.
Joel Krüger, acompanhado do vice-presidente do Confea, Edson Delgado |
Resultado do intenso trabalho da assessoria parlamentar, como pontuou o presidente, o Confea tem se aproximado do Congresso Nacional e do Executivo para pautar os temas de interesse do Sistema, como o PL 13/2013. “Hoje soubemos que conseguimos 44 assinaturas para desarquivar o projeto de lei que torna a engenharia carreira típica de Estado”, disse comemorando o resultado, que dependia de 27 signatários, e agradecendo o esforço dos presidentes regionais que também têm feito o trabalho de aproximação com as representações políticas em seus estados.
Mais Engenharia, menos tragédias
Lamentando os recentes episódios que envolveram a Engenharia brasileira nos últimos dias, como o rompimento da Barragem da Vale, em Brumadinho (MG), e o incêndio no centro de treinamento do Flamengo (RJ) que vitimizou dez jovens, Krüger enfatizou que esses fatos não decorreram de problemas da Engenharia, mas da falta de Engenharia. “Estamos acompanhando os casos de maneira atenta, nos aproximamos do comitê de crise do Governo Federal, foram criados grupos de trabalho no Confea e nos próximos dias teremos uma agenda específica sobre o tema em Minas Gerais.”
Presidentes de Creas apresentaram iniciativas para prevenir tragédias como o rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho (MG) |
A questão suscitou comentários. A presidente do Crea-DF lembrou que há um ano em Brasília, cidade que recebe o encontro de líderes, houve um desabamento de um viaduto na área central da cidade. “Precisamos fazer uma reflexão sobre nosso papel, não podemos apenas verificar placas com registro profissional no local das obras”, disse a eng. civ. Fátima Có, que teve a fala endossada pela presidente do Regional do Espírito Santo, estado atingido pelo rompimento da barragem da Samarco, Mariana (MG), em 2015.
“Precisamos, sim, fazer essa reflexão. Em nosso estado intensificamos vistorias, fiscalização integrada e preventiva e também a agenda com as prefeituras. Esperamos firmar cooperação técnica sobre esse assunto”, afirmou a eng. civ. Lúcia Vilarinho.
Outras iniciativas também foram apresentadas. O Crea-PI está desenvolvendo ações em prol da segurança em barragens, considerando que houve um grande acidente há uma década.
Já o Crea-AM esteve neste mês na maior mina de extração de estanho do Brasil. Durante uma fiscalização multidisciplinar, foi acordado que a partir daquele momento o piso salarial seria obedecido pela empresa. Para o local da mina, foi deslocado um funcionário do Regional que será responsável por emitir documentos necessários para o exercício legal da profissão.
Em Pernambuco, foram retomadas as blitze em pontes e o Crea já apresentou um plano para restruturação dessas obras. Da empresa responsável pela barragem local, foi cobrada a implementação de monitoramento do local e a adoção de aparatos necessários, como rota de fuga.
No próximo dia 13 de março, o Crea-GO irá entregar relatório à prefeitura de Goiânia sobre a condição das pontes locais.
Reunião segue até sexta-feira |
Amanhã, segundo dia do encontro, o Colégio de Presidentes continua os trabalhos à tarde, após a ação parlamentar no Congresso Nacional.
Julianna Curado
Equipe de Comunicação do Confea
Fotos: Marck Castro/Confea