Que economizar energia só traz benefícios para o consumidor e para o planeta, muita gente já sabe. Agora, o que as pessoas precisam saber é que além de economizar também é possível produzir a própria energia e ter uma redução real na fatura mensal de energia elétrica.
Uma solução que vem se tornando cada vez mais viável é produzir a própria energia através da microgeração distribuída, onde painéis solares são instalados em ângulo favorável para a captação da radiação, e a energia é produzida no local. Além de reduzir o consumo, o sistema é conectado à rede, e a produção excedente é lançada para a concessionária, abatendo seu montante em créditos na próxima fatura.
Veja, em cinco passos, como ter sua própria usina solar, economizar e fornecer energia elétrica:
1) Qual o meu consumo de energia?
O primeiro passo para escolher o seu sistema é saber qual o seu consumo de energia elétrica em kWh por mês. Se você já vive na casa é bem simples, basta verificar o seu histórico na conta de luz. O ideal é fazer uma média dos últimos 12 meses, pois o consumo pode variar muito de um mês para o outro. Caso se trate de uma casa nova o ideal é fazer uma estimativa baseada na casa atual com a ajuda do engenheiro ou arquiteto da casa nova.
Em último caso, se não houver nenhuma referência, é possível calcular o consumo baseado uso e potência dos equipamentos elétricos que serão utilizados na casa. Por exemplo: uma TV de 100W utilizada 4 horas por dia = 100W x 4h x 30 dias = 12.000 Wh ou 12 kWh por mês).
2) Quantos painéis são necessários para minha necessidade?
Segundo Pedro Pintão, engenheiro e diretor da Neosolar Energia, especializada em projetos e instalação de sistemas fotovoltaicos, isto vai depender de uma série de variáveis e até mesmo do tamanho dos painéis escolhidos. “Além disso, não é necessário produzir toda a energia consumida. Uma residência com consumo de 500 kWh/mês utilizará cerca de 15 a 20 painéis de 240 Wp ( cerca de 25 a 35 m2) em uma cidade média brasileira, para abastecer 100% de sua necessidade. Caso se decida por produzir apenas 50%, metade dos painéis será suficiente”.
No caso acima, 100% representaria uma economia anual de até R$ 4 mil.
No site da Neosolar Energia, clicando em “Calculadora Solar”, é possível inserir os dados de consumo e tarifas pagas com energia elétrica e saber qual é o tamanho aproximado do sistema fotovoltaico indicado para seu consumo e qual será a economia anual na conta de luz.
3) Projeto e Instalação
Além dos painéis, será necessário um inversor (que transforma a energia em 110 ou 220V), estrutura para fixar os painéis e proteções elétricas adequadas. É importante que o projeto e a instalação sejam feitas por profissionais especializados, garantindo a segurança das pessoas e também as garantias oferecias pelos fabricantes (de até 25 anos para os painéis).
4) Custo do Sistema
O custo do sistema depende do seu tamanho e equipamentos selecionados, os quais, por sua vez, dependem da quantidade de energia necessária e das características do local da instalação. Um sistema completo e instalado custa entre R$ 7.000 e R$ 15.000/kWp.
5) Retorno do Investimento
“O interessante é que independente de quanto irá produzir, o consumidor poderá aproveitar toda energia, pois o eventual excesso é convertido em créditos que podem ser utilizados em até 36 meses ou ainda em outra propriedade do mesmo consumidor”, afirma Pedro Pintão
No exemplo mencionado, com um consumo de 500 kWh/mês, o consumidor terá seu investimento retornado em até 10 anos. Como a garantia dos painéis é de 25 anos, ele ainda terá pelo menos 15 anos de benefícios!
Fonte: Brasil Engenharia