Aconteceu, entre os dias 15 e 16 de abril, Conferência Mundial de Profissionais e Diretores da Uni Global Union, em Londres. Para a mesa “Building an Inclusive P&M Workforce and Union Culture” (“Construindo uma Força de Trabalho Inclusiva e uma Cultura de União”), a estudante de engenharia civil da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Tainá Andreoli Bittencourt, representou a Fisenge na palestra sobre a organização dos estudantes de engenharia. Outras apresentações também versaram sobre o mesmo tema, mas a apresentação brasileira se destacou pelo fato de ter sido feita um depoimento de uma estudante, diferentemente de um estudo feito por sindicalista ou pesquisador com um caráter diferenciado.
Na palestra, Tainá falou sobre o trabalho da Diretoria da Mulher e do lançamento da história em quadrinhos sobre assédio moral. “Cartilhas, boletins eletrônicos, seminários, palestras e assembleias estão sendo realizados para tentar fazer com que as engenheiras realmente se identifiquem com o sindicato, se sintam representadas por ele e, finalmente, desejem ser parte atuante dele”, detalhou. De acordo com a estudante, os espaços de auto-organização promovem a troca de experiências, o debate e a formação dos próprios sujeitos, garantindo autonomia e empoderamento da classe e construindo uma identidade política comum. “Afinal, nenhuma luta é individual, mas sim global e coletiva. Nós, universitários e profissionais, assumimos uma responsabilidade para com a sociedade. Representamos milhares de pessoas que foram privadas do estudo, do conhecimento técnico-acadêmico e das melhores oportunidades de carreira para que nós pudéssemos ter esse direito dentro desse desigual sistema econômico que opera hoje. É nosso dever retribuir essa oportunidade à comunidade em que estamos inseridos”, contou Tainá, que destacou as ações pioneiras da experiência do Senge Jovem, nos sindicatos de engenheiros da Bahia, Minas Gerais e Paraná.
“Os Senges Jovem ou Senges Junior tentam unir temas da engenharia, da luta sindical e de interesse estudantil; colocando como prioridades a discussão técnica por novas tecnologias e planejamentos, que busquem a sustentabilidade ambiental e social, o debate por novas políticas públicas, que atendam efetivamente às necessidades dos engenheiros, e é claro, a formação ética e política dos novos quadros do sindicalismo nacional”, finalizou.
Fonte: Fisenge