Entre os dias 14 a 18 de outubro o Movimento de Pequenos Agricultores realizará manifestações em todo o país, o elemento principal da jornada é o dialogo com a sociedade sobre a soberania alimentar, que é fundamental para a qualidade de vida do povo no campo e na cidade. Serão realizadas assembleias, marchas, ocupações em cerca de 15 estados brasileiros, tendo o dia 16 ( data que se celebra o dia internacional da soberania alimentar) como dia D da jornada.  Entre as ações da jornada, será realizada um audiência popular em Juazeiro- BA, que reunirá cerca de 5 mil pessoas de todo o nordeste.

 

Para Raul Krauser, da coordenação nacional do MPA, a soberania alimentar é um direito popular que é negado pelo estado brasileiro “entendemos como soberania a condição de cada pessoa ter acesso a uma alimentação saudável em quantidade e qualidade… alimentos que estão inseridos no contexto climático e cultural de cada região, no entanto o que vemos é a aversão do estado pela soberania, no Brasil vivemos um contexto em que transnacionais como Monsanto, Pepsico, Nestlé, dentre outras empresas controlam e decidem quem vai comer ou não todos os dias”, afirmou Krauser.

 

O MPA é um movimento nacional que organiza as famílias camponesas de todo o Brasil a mais de 15 anos, e defende o fortalecimento da agricultura camponesa e a agroecologia como modelo de produção contrapondo as ações do agronegócio, afirmando que a função fundamental da agricultura é produzir alimentos com qualidade e que estejam ao acesso do povo.

 

Audiência popular no Semiárido por um nordeste sem desigualdade

 

Encontramos no nordeste brasileiro um cenário de desigualdade muito latente, a cada dia que passa a invasão das multinacionais sobretudo as do agronegócio aumentam, fazendo que centenas de comunidades camponesas sejam dizimadas. Maria Kazé, da coordenação nacional do MPA, relata sobre essa conjuntura de indiferença: “O Brasil tem a maior reserva de água doce do mundo, e o nordeste brasileiro enfrenta a maior insegurança hídrica do país, ou seja, milhões de pessoas não tem acesso a água para beber porque a água no semiárido tem sido usada para matar a sede de lucro das empresas do agronegócio, transformando a água e o alimento nas mercadorias mais caras do mundo” disse Maria.

 

A audiência popular do sertão tem o objetivo de debater esses e outros problemas políticos e econômicos que afligem a região. A audiência terá inicio às nove horas da manhã do dia 16 de outubr,o na sede da CODEVASF em Juazeiro, Bahia.

 

 

Fonte: www.agroecologia.org.br

 

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